Palotina encerra 2025 em estado de atenção na área da saúde pública após a divulgação do balanço da Vigilância em Saúde. Ao longo do ano, foram registrados 49 acidentes com escorpiões no município.
Desses, três casos evoluíram para quadros graves e exigiram a aplicação de soro antiescorpiônico no Hospital Municipal. No mesmo período, 404 escorpiões foram capturados pelas equipes de monitoramento.
Além dos acidentes, a Vigilância avalia que os números podem ser ainda maiores, já que parte da população elimina os animais encontrados em residências sem realizar a notificação oficial, o que dificulta o mapeamento completo das áreas com maior incidência.
Em entrevista à Clube FM, a médica veterinária e coordenadora da Vigilância em Saúde, Dra. Laura Bittencourt, reforçou que a prevenção está diretamente ligada aos cuidados com o ambiente doméstico.

Foto: Cleo Redivo / Palotina 24 Horas
Os registros de escorpiões não se concentram em apenas uma região da cidade. De acordo com o levantamento da Vigilância, os bairros Centro, Santa Terezinha, Cohapar, Imigrantes e Pôr do Sol aparecem entre os locais com maior número de ocorrências, embora o animal já esteja presente em diferentes pontos do município, inclusive em prédios públicos.
Com a chegada do verão, período em que o calor favorece a atividade desses animais, a Vigilância orienta atenção redobrada dentro das residências, especialmente com calçados, roupas, brinquedos e locais pouco movimentados, que podem servir de abrigo.
Ocorrências com morcegos aumentam e exigem cuidado
Outro ponto de alerta envolve os morcegos. Em 2025, 58 animais foram recolhidos em Palotina. Embora a maioria dos exames tenha apresentado resultado negativo para raiva, a Vigilância reforça que qualquer contato direto com o animal deve ser tratado como situação de risco.
Ao encontrar um morcego dentro de casa, a orientação é não tocar diretamente no animal e impedir o contato de cães e gatos.
Caso o morcego esteja vivo no chão e não consiga voar, a recomendação é cobri-lo com um balde ou recipiente, colocando um peso por cima, e acionar imediatamente a Vigilância para o recolhimento adequado.
Situações de contato direto entre pessoas e morcegos exigem a procura imediata por atendimento de saúde, mesmo quando não há certeza de mordida ou arranhão, devido ao risco de transmissão da raiva.
Vigilância também monitora caramujo africano
A Vigilância em Saúde acompanha a presença do caramujo africano, espécie invasora que pode transmitir parasitas causadores de doenças.
Ao encontrar o animal, a orientação é não tocá-lo diretamente com as mãos. O recolhimento deve ser feito com luvas, sacos plásticos ou outro material de proteção, evitando contato com a pele.
Após a coleta, o caramujo deve ser eliminado com a aplicação de sal ou cal virgem, impedindo sua sobrevivência. Em seguida, o material deve ser bem ensacado e descartado no lixo comum.
Em hortas e jardins onde há registro do caramujo, a Vigilância orienta que verduras e legumes não sejam consumidos, mesmo após lavagem, devido ao risco de contaminação.
O caramujo nunca deve ser solto em terrenos, quintais ou áreas verdes.
Em caso de dúvida ou para notificação, a população pode entrar em contato com a Vigilância Sanitária de Palotina pelo telefone (44) 3649-2793, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h.
Nem todo caramujo oferece risco à saúde
A Vigilância em Saúde alerta que o caramujo africano pode ser confundido com espécies nativas encontradas na região, que não representam risco à saúde humana.
Os caramujos nativos fazem parte da fauna local e não estão associados à transmissão das doenças relacionadas ao caramujo africano, além de apresentarem reprodução mais lenta.
Por isso, a orientação é que apenas o caramujo africano seja eliminado.

As imagens divulgadas pela Vigilância auxiliam na identificação correta do animal e ajudam a evitar a eliminação indevida de espécies que não oferecem risco.
Redação Palotina 24 Horas
Reprodução permitida desde que seja mantido o crédito ao Palotina 24 Horas.
