Entrevista – A colheita do milho safrinha está acelerada na região de Palotina e no Oeste do Paraná, puxando o avanço dos trabalhos em todo o estado. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (20) pelo engenheiro agrônomo da C.Vale, Mateus Matiuzzi, em entrevista ao radialista Robson Muniz, no A Hora do Café, da Clube FM.
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De acordo com Mateus, os números divulgados pelo Deral, que apontam 8% da colheita no Paraná, são fortemente puxados pela região Oeste, onde os trabalhos começaram mais cedo.
O andamento está muito bom, especialmente aqui em Palotina e nas regiões vizinhas. A colheita vem acontecendo em bom ritmo e devemos ter uma boa safra no Paraná como um todo”, destacou.
Produtividade varia, mas média é positiva na região
Segundo o agrônomo, a qualidade do milho colhido até o momento está muito boa. A produtividade, no entanto, apresenta variações consideráveis, resultado principalmente das diferenças de microclima, investimento e manejo nas propriedades.
Tem produtores colhendo até 400 sacas por alqueire, especialmente quem conseguiu investir mais, tem pivô, plantou na janela ideal e conta com um solo bem estruturado. Por outro lado, produtores que enfrentaram condições mais difíceis, como veranico e efeitos do microclima, estão colhendo cerca de 100 sacas por alqueire”, explicou.
Apesar dessas variações, a média da região Oeste está entre 230 a 250 sacas por alqueire, número considerado positivo. “De maneira geral, estamos caminhando para uma boa safra no Paraná como um todo”, reforçou Mateus.
Atenção na umidade e risco de incêndios
O engenheiro alertou que, apesar do ritmo acelerado, é fundamental que os produtores fiquem atentos à umidade do grão na hora da colheita.
Só colher com uma umidade maior em caso de extrema necessidade. Do contrário, pode haver perdas na qualidade do grão, desenvolvimento de fungos e até problemas na hora da entrega na cooperativa, além de filas e dificuldades no recebimento”, orientou.
Outro alerta importante é sobre o risco de incêndios.
O milho está seco e os próximos dias de sol exigem muito cuidado. A atenção com queimadas e incêndios acidentais precisa ser redobrada nesse período”, destacou.
Pós-colheita: hora de olhar para o solo
O período pós-colheita também exige atenção dos produtores, especialmente no manejo do solo.
As condições de clima dos últimos dias, com mais umidade, ajudam a abaixar a palhada e facilitam o manejo. Agora é o momento de fazer o controle de plantas daninhas, como a buva, e pensar nos ajustes para a próxima safra”, alertou.

Dia de Campo da C.Vale será em dezembro e traz novidades tecnológicas
Outro destaque da entrevista foi o anúncio do Dia de Campo da C.Vale, que neste ano foi antecipado para os dias 2, 3 e 4 de dezembro. A mudança, segundo Mateus, atendeu a um pedido dos próprios produtores e profissionais do agro.
Em janeiro, muitos produtores estão finalizando a colheita da soja e começando o plantio do milho. Então, esse ajuste na data facilita muito a participação”, explicou.
As adequações no campo experimental já estão acontecendo. Atualmente, já estão implantadas as plantas de cobertura de solo, que seguem disponíveis para visitação de quem quiser conhecer um pouco mais sobre o manejo e seus benefícios. Alguns manejos também já foram realizados para melhorar a qualidade do solo, com o objetivo de iniciar o plantio do milho de verão já em agosto.
O milho vai ser plantado cedo, justamente para que em dezembro, no Dia de Campo, o produtor consiga observar todo o potencial genético das cultivares, além da soja, entendendo exatamente o que ele vai levar pra sua lavoura”, destacou.
Além disso, Mateus adiantou que o evento deste ano terá mais áreas sombreadas e um foco muito forte em tecnologia, com destaque para a chegada da inteligência artificial no campo.
Os produtores podem esperar muitas novidades. O evento está sendo pensado pra oferecer conhecimento, soluções e uma experiência cada vez melhor pra quem produz”, completou.
Assista à entrevista completa abaixo: