Entrevista – A Campanha de Atualização de Rebanhos 2025 está em andamento em todo o Paraná e segue até o dia 30 de junho. No entanto, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) faz um alerta importante: os produtores devem realizar a atualização até o dia 30 de maio, uma vez que a partir de 1º de junho os cadastros serão bloqueados, impedindo a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), necessária para movimentar animais entre propriedades ou para o abate.
A informação foi reforçada na manhã desta quinta-feira (22), pela fiscal de defesa agropecuária Tatiane Sebastiani, em entrevista ao radialista Robson Muniz, no A Hora do Café, na Clube FM. Ela destacou que, mesmo com o prazo legal até o final de junho, o ideal é que os produtores antecipem a atualização para evitar contratempos, principalmente em regiões com grande volume de movimentação animal.
A não atualização dentro do prazo também pode resultar em multas, que variam de acordo com a quantidade de animais registrados na propriedade.
Quem deve atualizar o rebanho?
Segundo Tatiane, todos os produtores que possuam animais de produção sob sua guarda devem realizar a atualização, mesmo aqueles com criações de subsistência. Isso inclui bovinos, suínos, aves, ovinos, caprinos, peixes, colmeias de abelhas, bicho-da-seda, entre outros.
No caso de granjas comerciais de frango, suínos e represas de peixes, a responsabilidade pela atualização é do produtor, mesmo que os animais pertençam a cooperativas integradoras. Nesses casos, a declaração é feita por estimativa, e o produtor deve manter contato com a cooperativa para garantir que os dados estejam corretos.
Gripe aviária: ADAPAR reforça orientações sobre biosseguridade e isolamento de aves domésticas
Tatiane também comentou a respeito da situação da gripe aviária, que teve um caso confirmado em criação comercial no Rio Grande do Sul e levou à suspensão temporária das exportações de carne de aves para 34 países, conforme a última atualização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
No Paraná, não há casos confirmados, mas a Adapar intensificou as ações de vigilância e prevenção. Entre as orientações aos produtores está a adoção rigorosa de medidas de biosseguridade, como controle de acesso às granjas, uso de roupas e calçados específicos, e higienização adequada das instalações.
Para criadores que mantêm galinhas soltas no quintal, a recomendação é que as aves sejam mantidas em galinheiros fechados durante esse período crítico, para evitar o contato com aves silvestres ou migratórias, possíveis vetores do vírus.
Apesar das restrições impostas por diversos países, a expectativa, segundo Tatiane, é de que os mercados sejam reabertos em cerca de 30 dias, caso não haja novas confirmações de gripe aviária em criações comerciais.
Com os protocolos sendo seguidos à risca, o Brasil está se posicionando de forma segura diante do cenário internacional”, afirmou.
Veja a entrevista completa: