Delegado de Palotina fala sobre riscos do cyberbullying e comenta investigação da morte de jovem em abordagem policial
Em entrevista à Clube FM, Laécio Rodrigues destacou a responsabilidade legal em casos de intimidação virtual e explicou os trâmites da investigação sobre a morte de Igor Nicolas, de 19 anos.
A HORA DO CAFÉ – O delegado da Polícia Civil de Palotina, Laécio Rodrigues, falou em entrevista no A Hora do Café da Clube FM, na manhã desta quinta-feira(25), sobre dois temas que têm mobilizado a cidade: os impactos do cyberbullying e as investigações envolvendo a morte do jovem Igor Nicolas, de 19 anos, durante uma abordagem da Polícia Militar no último fim de semana.
Cyberbullying preocupa escolas e famílias
Segundo o delegado, o cyberbullying repete as práticas do bullying, mas em ambiente digital, o que amplia os danos às vítimas.
Foto: Maria Heloísa/Palotina 24 Horas
A internet não é terra sem lei. Tudo o que fazemos usando equipamentos digitais deixa rastros. A difamação, a ameaça ou o vazamento de imagens íntimas são crimes, mesmo quando praticados por perfis falsos”, destacou em conversa com o radialista Robson Muniz.
Rodrigues lembrou que adolescentes envolvidos em práticas de intimidação virtual podem ser responsabilizados por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com medidas que vão desde advertências até a internação em unidades socioeducativas. Já adultos respondem criminalmente, podendo ser presos.
Caso em Palotina
O delegado citou ainda um caso recente registrado em uma escola particular da cidade, em que um estudante fez postagens ameaçadoras. Segundo ele, a Polícia Militar e a Polícia Civil atuaram rapidamente, identificaram que não havia risco coletivo e apreenderam uma arma de pressão que aparecia em vídeos.
“Foi um caso isolado, mas que ganhou repercussão por conta da internet. As medidas necessárias já foram tomadas e não há risco de novos episódios em outras escolas”, afirmou.
Investigação da morte de Igor Nicolas
No segundo bloco da entrevista, Rodrigues comentou a repercussão da morte de Igor Nicolas, atingido por disparos durante uma abordagem da Polícia Militar.
O delegado explicou que em casos como esse são abertas três investigações simultâneas: pela Polícia Civil, pela Polícia Militar e pelo Ministério Público, além do acompanhamento das corregedorias das duas corporações.
Foto: Maria Heloísa/Palotina 24 Horas
Nenhum policial sai de casa para matar alguém, mas também não sai para morrer. Nosso papel é apurar fatos, não pessoas. Se houve erro ou excesso, isso será constatado”, disse.
Rodrigues afirmou que o inquérito conduzido pela Polícia Civil está em segredo de justiça, mas reforçou que todos os procedimentos legais estão sendo seguidos.
“A população pode ter certeza de que há lisura na apuração. O trabalho da Polícia Científica já foi realizado e todas as provas estão sendo analisadas. No momento oportuno, haverá uma resposta clara para a comunidade”, completou.
A entrevista concedida pelo delegado buscou dar mais transparência ao processo e responder aos questionamentos levantados pela população. Enquanto a investigação segue em andamento, o caso continua a mobilizar Palotina e a gerar expectativa por respostas oficiais das autoridades.
Veja a entrevista completa no vídeo: (disponível por 30 dias devido as políticas do facebook)
Redação Palotina 24 Horas
Reprodução permitida desde que seja mantido o crédito ao Palotina 24 Horas.